Escritor baiano Ian Fraser é semifinalista do Prêmio Jabuti com obra pop-nordestina

“A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê” mistura ficção científica, cultura pop e referências regionais, especialmente de Salvador

O escritor e dramaturgo baiano Ian Fraser está entre os 10 semifinalistas do Prêmio Jabuti, na categoria Romance de Entretenimento. O autor que já acumula diversas premiações, incluindo dois Prêmios Braskem de Teatro, está concorrendo ao maior prêmio literário do Brasil com sua mais recente obra “A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê”. Numa mistura de Guerra nas Estrelas com Auto da Compadecida, o romance traz diversos símbolos e referências à cultura nordestina e baiana, especialmente de Salvador, sua cidade natal. Com seis livros lançados e uma jornada de sucesso na literatura baiana, agora  o jovem escritor celebra os primeiros passos de uma visibilidade nacional que coloca histórias e tradições de Salvador em destaque para todo o Brasil. Desde nome de bairros –  a história se passa no planeta Cabula XI, até um personagem alienígena coberto de fitinhas do Senhor do Bonfim. “Severino é fruto do axé. Ter um romance espacial nordestino, que coloca Salvador no centro de uma trama galáctica, com nosso sotaque e nossas cores, sendo finalista do Jabuti é algo que me enche de orgulho”. Ainda de acordo com o autor, a obra une elementos de ficção científica e da cultura pop, com doses de suspense, humor e muita emoção. “Estamos acostumados com produções estadunidenses e europeias que constroem a história com a identidade deles. Eu quis dialogar com esse gênero literário, mas trazendo signos regionais do nosso imaginário popular”, destaca Ian. O livro foi lançado pela editora Intrínseca. A edição conta com ilustração de capa e projeto gráfico inspirados em clássicos da ficção científica e pela estética do Movimento Armorial, idealizado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna.

Sinopse – A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê”

Em uma galáxia distante, no ano de 2577, Severino Olho de Dendê é um investigador particular que, no lugar do olho esquerdo, tem um artefato tecnológico que lhe permite ver os últimos momentos de uma pessoa logo antes de morrer. Até que um assassinato ocorre, e nosso herói se torna o principal suspeito. Para provar sua inocência e impedir os planos da corporação mais poderosa — e corrupta — do universo, Severino precisará revisitar traumas do passado e reunir uma trupe excêntrica de amigos: um alienígena com audição ultrassônica, uma capivara geneticamente modificada, uma carranca robótica e Filomena, que também é o amor que ele nunca conseguiu superar. Com uma trama que mistura Lisbela e o prisioneiro e O guia do mochileiro das galáxias, a obra de Ian Fraser é uma ópera espacial que celebra a brasilidade de forma tão inventiva que parece coisa de outro planeta!

Sobre Ian Fraser

Ian Fraser é natural de Salvador (BA), formado em Cinema e Vídeo. É autor dos premiados romances O sangue é agreste e Noir carnavalesco, além da saga Araruama, que fez uma campanha de sucesso no financiamento coletivo. Também escreveu as peças A máquina que dobra o nada e Ensaio para uma redenção, agraciadas com o Prêmio Braskem de Teatro. Nascido e criado em Salvador, Ian vive escrevendo e cuidando de Gouda, sua gatinha paraplégica. 

PRÊMIOS

Prêmio selo João Ubaldo Ribeiro

2 Prêmios Braskem de Teatro

Prêmio ABERST

Prêmio LeBlanc

Prêmio Odisseia Literária

3 Campanhas de sucesso no Catarse

1 Antologia Nordestina Organizada

6 livros lançados

2o lugar no Prêmio Argos

Consultor para a série Cidade Invisível, da Netflix

Jurado do Selo João Ubaldo Ribeiro ano IV