Eco Nordeste é finalista em Prêmio Megafone de Ativismo
Com a série de reportagens “Termelétricas do Nordeste”, realizada com o apoio do Instituto ClimaInfo, a Eco Nordeste está entre as cinco finalistas da segunda edição do Prêmio Megafone de Ativismo, categoria Mídia Independente. Uma realização da coalizão de organizações que inclui Pimp My Carroça, Instituto Socioambiental (ISA), WWF Brasil, Greenpeace Brasil, Engajamundo, Hivos e Vozes Pela Ação Climática Justa (VAC), o Prêmio tem como objetivo contribuir para aumentar a visibilidade das ações ativistas, fomentar a prática do ativismo como catalisador de transformação social e o surgimento de novos agentes no ativismo, principalmente jovens e mulheres, no debate e na ação do combate à crise climática e causas relacionadas. Com textos de Alice Sales, fotos de Camila de Almeida, edição de Maristela Crispim e design por Flávia P. Gurgel a série de reportagens foi publicada pela Eco Nordeste em agosto de 2022, tornando-se uma referência para o trabalho desenvolvido por instituições que atuam no combate às atividades que agravam a crise climática. Uma delas foi a responsável por indicar a série especial produzida pela Eco Nordeste ao Prêmio Megafone de Ativismo.
“O Instituto Verdeluz tem um projeto chamado ‘Clima de Urgência: sem tempo para termelétricas’. No decorrer da nossa atuação, que já completou um ano, estamos constantemente estudando, pesquisando e nos informando sobre as termelétricas que existem no Ceará, seja por meio de artigos científicos, de matérias em jornais ou da sabedoria ancestral das comunidades tradicionais que vivem aqui. Nesse percurso, encontramos a série ‘Termelétricas no Nordeste’, da Agência Eco Nordeste e ficamos surpresas com a qualidade do material”, declara a bióloga Sarah Lima, mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFC) e ativista climática no Instituto Verdeluz.
Para a ativista, o material produzido pela Eco Nordeste traz informações extremamente importantes não só sobre as termelétricas no Nordeste, mas também sobre injustiça climática, racismo ambiental e transição energética. “Ou seja, conceitos fundamentais para entender a situação delicada do Nordeste com relação ao debate energético”. A notícia de que estava entre as finalistas da premiação veio com surpresa e emoção para toda a equipe da Eco Nordeste. “É gratificante saber que a série de reportagens vem sendo fonte de referência para estudos e projetos desenvolvidos sobre o tema. E principalmente, que tem tanta gente boa unida pela mesma causa. Chegar a essas comunidades, conhecer a realidade dessas pessoas de perto, ouvir e depois dar voz às histórias dessas famílias afetadas, nos motiva ainda mais a produzir um material como esse”, celebra a repórter Alice Sales.
“Foi com muita emoção que recebemos esta notícia. O Jornalismo mudou muito. São imensos os desafios, principalmente de segurança financeira, jurídica e até física. As parcerias têm sido fundamentais, nesse sentido, para mídias digitais independentes como a nossa, ainda mais fora do Sudeste, que concentra as melhores oportunidades e redes de apoio. A Associação de Jornalismo Digital (Ajor), da qual a Eco Nordeste é co-fundadora, tem sido fundamental para a criação de possibilidades de crescimento e fortalecimento das nossas organizações, principalmente ao considerar as diferenças, inclusive regionais”, afirma Maristela Crispim, editora-chefe da Eco Nordeste e diretora-executiva do Instituto Eco Nordeste.
“A série de reportagens “Termelétricas No Nordeste” trouxe um pouco da realidade das comunidades locais impactadas pela expansão da indústria fóssil em nosso país, que acarretam uma série de impactos sociais e nos colocam na contramão dos esforços globais para combate das mudanças climáticas. Ficamos felizes com a indicação e esperamos que essa mensagem possa ganhar mais força e ser disseminada para toda sociedade”, afirma Carol Marçal, coordenadora de projetos do Instituto ClimaInfo.
Vencedores serão conhecidos em abril
Os vencedores das 14 categorias da premiação serão conhecidos no mês de abril, em data ainda não divulgada pelos organizadores. Setenta iniciativas disputam a final, entre elas o guia “Amazônia Legal e o Futuro do Brasil”, por Sinal de Fumaça; a reportagem em HQ “Um Povo, Três Massacres”, da Revista Badaró; o episódio “Crianças indígenas defendem demarcação de terra e autonomia sobre territórios”, do Podcast Radinho Bdf (Brasil de Fato); e o episódio “Ganhamos, porra!” do Podcast Medo e Delírio em Brasília, que concorrem junto à Eco Nordeste, na categoria Mídia Independente.