Mais de 20 marcas baianas participarão da estreia do Chocolat Festival em Brasília

17 de setembro de 2023
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Vinte e três marcas baianas, além de empreendimentos da agricultura familiar, irão participar da primeira edição do Chocolat Festival em Brasília (DF), que será realizada entre a quarta-feira (20) e o domingo (24). Das iniciativas, 20 contarão com o apoio da MVU Eventos, do Sebrae e do Governo da Bahia para estar presentes na tão esperada estreia do evento na capital federal, como são os casos da Chocolate Yrerê e da Mestiço Chocolates. “O Chocolat Festival é uma plataforma essencial que busca construir pontes entre os pequenos e médios empreendedores do setor de cacau e chocolate de origem, impulsionando a geração de negócios e promovendo uma rede de contatos e oportunidades vitais para o crescimento sustentável dessa indústria”, afirma Marco Lessa, CEO do evento.

Situadas respectivamente em Ilhéus e Itacaré, no sul do estado, ambas são fábricas “tree to bar”, ou seja, produzem desde os grãos de cacau até a barra de chocolate. O Chocolate Yrerê, por exemplo, provém do cacau colhido na fazenda de mesmo nome e em terras de produtores parceiros. “Produzido por um sistema de alta qualidade, ele passa por um processo de fermentação muito mais longo e cuidadoso, com o foco de diminuir seu amargor e sua acidez, porque nossos chocolates são feitos somente com cacau e açúcar demerara, sem lactose”, explica o produtor e proprietário Gerson Marques.

Fora o aspecto sensorial, essas iniciativas existem em harmonia com o meio ambiente, já que utilizam o sistema cabruca — valioso para a recomposição de áreas de floresta degradadas pela criação extensiva de gado. “Nós fazemos chocolates que, além de muito gostosos, são bastante sustentáveis ambiental e socialmente”, garante ele.

Importância do evento — A relação da Chocolate Yrerê com o Chocolat Festival é antiga: começou com o lançamento do evento, em 2009. “Temos crescido junto com o festival, hoje internacional e parceiro dos produtores de chocolate, porque é um canal de vendas importante para a gente aqui na Bahia, no Pará e em outras regiões no Brasil”, ressalta Gerson.

Além de catalisador, o maior evento de chocolate e cacau na América Latina é também um celeiro de negócios: foi a partir do evento, por exemplo, que surgiu a Mestiço Chocolates. “A decisão de começar a fazer chocolate veio numa edição do Chocolat em Ilhéus, lá em 2015. De lá para cá, sempre participamos de todas as edições que temos condições: de Ilhéus a São Paulo, chegando ao Porto, em Portugal”, conta o chocolate maker e proprietário Rogério Kamei.

Dona de cacau e chocolates premiados, a empresa apresenta barras intensas e puras de cacau varietal. “Queremos mostrar aos clientes que cacau não é tudo igual. Usamos tipos diferentes de cacau e temos chocolates diferentes, também”, afirma Rogério. “A Mestiço surgiu como uma forma de aumentar o valor do cacau de qualidade que produzimos na fazenda.”

Capital federal e também do chocolate — Além de capital federal, Brasília carrega outro título relevante: o de maior consumidora de chocolate no país, segundo um levantamento do Ibope Media. Isso é motivo de otimismo para a Chocolate Yrerê. “Nós estamos chegando a uma das principais praças do Brasil, com enorme potencial para o nosso chocolate”, avalia Gerson, que visa reforçar a presença da empresa na região Centro-Oeste. “Muita gente de Brasília conhece nossos chocolates e nossa fazenda. Depois dos paulistas, os brasilienses são nossos maiores clientes.”

Já para a Mestiço Chocolates, o momento representa uma chance de se familiarizar com o mercado de chocolates local. “Queremos entender como funciona o mercado em Brasília e como será a receptividade a nós, além de ter a oportunidade de conhecer um pouco mais nossa capital, claro”, diz, ansioso, Rogério.

Programação — Ao longo dos cinco dias de evento, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o público vai poder apreciar o Show Cooking, um espaço para o preparo, ao vivo, de receitas à base de chocolate por grandes chefs. Haverá ainda o Fórum do Cacau, com painéis sobre a cacauicultura no Brasil e no mundo, a produção de cacau fino, a sustentabilidade da cultura do cacau e seus avanços tecnológicos.

Também integram a programação o Chocoday, cujos palestrantes, nacionais e internacionais, abordam tendências no mundo do chocolate; o Atelier do Chocolate, no qual chocolatiers produzem, em tempo real, esculturas que tenham essa guloseima como matéria-prima; e o Kids Cooking, um espaço com atividades recreativas e minicursos voltados ao público infantil.

Os ingressos para o festival custam 20 reais (inteira) e 10 reais (meia-entrada). Mais detalhes da programação estão disponíveis no site chocolatfestival.com.

Sobre o Chocolat Festival — Realizado desde 2009, o Chocolat Festival é considerado o maior evento de chocolate de origem na América Latina e reúne toda a cadeia produtiva do cacau, desde o fruto até o produto final. Já são mais de 30 edições realizadas entre os estados da Bahia, Pará e São Paulo, levando aonde vai diversas marcas de chocolate de origem, “bean to bar”, premium e gourmet. Em 2023, o festival já passou por Salvador (BA), Altamira (PA) e Ilhéus (BA) e Belém (PA).

Confira a lista completa com as marcas baianas que participarão do Chocolat Festival em Brasília:

  1. Maltez;
  2. Yrerê;
  3. Benevides;
  4. VAR;
  5. Jupará;
  6. Jú Arléo;
  7. Cacau do Céu;
  8. Modaka;
  9. Ícaro;
  10. La Lis;
  11. Bello;
  12. Coroa Azul;
  13. Daju;
  14. Luzz;
  15. Chor;
  16. Sagarana;
  17. Bem Cacao;
  18. Mestiço Chocolates;
  19. Natucoa;
  20. Empreendimentos da Agricultura Familiar;
  21. Bean to Bar;
  22. Chocofrutas;
  23. Lazuli.

SERVIÇO — CHOCOLAT FESTIVAL BRASÍLIA
O que: Chocolat Festival Brasília — Festival Internacional do Chocolate e Cacau
Quando: De 20 a 24 de setembro
Onde: Centro de Convenções Ulysses Guimarães
Quanto: 20 reais (inteira) e 10 reais (meia)