Maurício Dias traz a Salvador show “Surubim Bossa Nova” com composições inéditas em parceria com Galvão e João Gilberto
Baiano de Juazeiro, o cantor e compositor Maurício Dias vai mostrar no show “Surubim Bossa Nova”, canções que são parcerias inéditas com o poeta Luiz Galvão, dos Novos Baianos, e com ninguém menos que João Gilberto. Maurício era amigo pessoal dos dois artistas e faz o show no próximo domingo, dia 25 de fevereiro, na Varanda do Sesi no Rio Vermelho, a partir das 17h. Serão apresentadas sete músicas em parceria com Galvão e três com João Gilberto. Tocam com Maurício Ricardo Markis, na guitarra e bandolim e Luiz Almiro, no baixo e percuteria. Da parceria com o gênio criador da “Bossa Nova”, Mauricio conta que musicou dois poemas dele publicados na revista “Velha Nova Poesia”, editada nos anos 70, em Juazeiro, quando João Gilberto era muito jovem e colocou letra em “Acapulco”, uma música instrumental de João Gilberto. “Mostrei pra João, ele ouviu pelo telefone, ficou em silêncio… pediu pra cantar de novo, disse que não era poeta… pediu que eu cantasse pra Miúcha, que era minha amiga”, revela Maurício. No domingo, dia 25, Maurício Dias canta, além das músicas em parceria com João e Galvão, canções do seu recém-lançado EP ” Por Brigitte por Bardot”, que está nas plataformas digitais. Além disso, no dia, para convidados, será servido um autêntico surubim feito à moda juazeirense.
Sobre o EP – Por Brigite e por Bardot é novo trabalho de Maurício Dias Cordeiro, o Mauriçola, velho eterno guerreiro das margens bossanovistas do Rio São Francisco, Juazeiro, conterrâneo, parceiro e amigo de João Gilberto, de Luiz Galvão dos “Novos Baianos”. A música “Por Brigitte e por Bardot” é tropicália na veia. “Foi um samba dos “novos baianos” que abriu minha cabeça, me ensinou a pisar com os tamancos da tropicália nas pedras rolantes mutantes do Raul Seixas rock n’roll… aquele Sol não quis se por – quase morri de amor – por Brigitte e por Bardot”, conta Maurício.
Sobre Maurício Dia – Nascido em Juazeiro, em 1955, desde cedo, mostrou sua acentuada inclinação pela música. Criança ainda, e com uma extraordinária memória musical, exibia-se em palcos imaginários, imitando cantores consagrados da época. Cresceu ouvindo música clássica, jazz, a orquestra de violinos de Paul Mauriat, Beatles, Jovem Guarda e um ritmo diferente que surgia, chamado Bossa Nova. Conterrâneo, admirador, amigo e discípulo de João Gilberto, Maurício Dias não tinha outro caminho a percorrer. A Bossa Nova é seu leme, ponto de partida e reta de chegada. Estreou artisticamente em Salvador em 1980, no Teatro Vila Velha, vindo da experiência dos festivais universitários. Em 1982, ao lado de nomes como Durval Lelys, Banda Eva, Pepeu Gomes gravou para o disco “Bahia Momo 82”. Se apresentou em diversos palcos de Salvador até que foi para São Paulo, onde se juntou aos Novos Baianos, fez parcerias com Galvão e gravou dois discos. Lá também criou os grupos musicais Olho Mágico e Ovos Brasil, este com Luiz Brasil e Suzana Belo. Em 1983 teve sua composição “Voltar ao Zero” gravada por Paulinho Boca. No final dos anos 80 dá uma guinada na carreira e passa a trabalhar com publicidade, sendo autor de jingles de muito sucesso. Em 1999 volta a trabalhar com música e lança o CD duplo “Prece ao G7”, com participação de João Donato Ricardo Silveira, Luiz Brasil e do ator Paulo Betti. De lá para cá não parou mais de fazer música e, em especial, Bossa Nova.
Serviço:
Show “Surubim Bossa Nova”
Com Maurício Dias, voz e violão, Ricardo Markis, guitarra e bandolim e Luiz Almiro, baixo e percuteria.
Dia 25/02, domingo, às 17h.
Na Varanda do Sesi Rio Vermelh.
Couvert: R$30
Vendas pelo sympla.
Informações: 71 99140- 9160 – Hessel Produções.