Mulheres são maioria no comando das operações e infraestrutura das rodovias baianas

19 de março de 2025
0 Comentários

No mês de março, a luta histórica das mulheres pela equidade de gênero é evidenciada mundialmente. Para ressaltar o protagonismo feminino no setor de infraestrutura rodoviária que, ao longo dos anos, é predominantemente comandado por homens, o Grupo Monte Rodovias – reconhecido como uma das principais referências em infraestrutura de transporte no Nordeste – vem priorizando políticas e ações que evidenciam a atuação das mulheres em todos as áreas das empresas.
Responsável pela gestão na Bahia, da Bahia Norte e Litoral Norte, e em Pernambuco, das Rotas do Atlântico e do Coqueiro, a holding tem, atualmente, 67% de mulheres compondo sua força de trabalho nos dois estados brasileiros. Na Bahia Norte e Litoral Norte, concessionárias à frente da administração das estratégicas rodovias baianas do Sistema BA-093 e BA-099, 68% dos empregos diretos e indiretos são ocupados por mulheres, que incluem, sobretudo, postos de lideranças. Como resultado de uma política organizacional que estimula mulheres e homens, de forma igualitária, a se capacitarem e crescerem a partir de suas expertises e habilidades, a Monte Rodovias possui o selo ONU Mulheres/Brasil, que atua em diversas frentes humanitárias como empoderamento econômico, liderança e participação política, fim da violência contra as mulheres, saúde, direitos humanos, entre outros temas.

Linha de frente na gestão de tecnologias e atendimentos

Dentre as principais frentes de atuação de mulheres na Bahia Norte e Litoral Norte, destacam-se os cargos de operação viária integrados às tecnologias de controle de trafegabilidade. No Centro de Controle Operacional (CCO), responsável pelo monitoramento 24h por dia, todos os dias da semana, lideranças como Cláudia Dias são responsáveis por receber prontamente os chamados dos usuários – normalmente de urgência – a partir dos canais do 0800 e das unidades de inspeção das rodovias. E, posteriormente, dar encaminhamento às solicitações, disponibilizando serviços de apoio, como guincho, carro-pipa e atendimento médico emergencial. “Comecei trabalhando nas praças de pedágio, atuei nas cabines, mas acabei despertando interesse pelo trabalho realizado no CCO. Participei de uma seleção interna de liderança e fui aprovada. Aqui no CCO, as mulheres lideram, somos a maioria. Todos os dias, é um trabalho que exige sempre a reafirmação da nossa capacidade profissional e, ao mesmo tempo, é único, dinâmico”, destaca Cláudia. Do Centro de Controle Operacional, com todo o sistema de monitoramento, o chamado, muitas vezes, chega para Gislaine Ribeiro, enfermeira que compõe a equipe de atendimento médico de urgência. “Acessibilidade e localização das ocorrências estão entre as principais particularidades do atendimento emergencial nas rodovias, com acessos difíceis. Por isso, a comunicação precisa ser bem eficiente para as equipes de resgate chegarem com brevidade ao local. O resgate, assim, acaba sendo mais complexo. Exige uma grande aptidão física para a realização de protocolos de trauma e o manuseio dos equipamentos pesados, além de conhecimento emocional para lidar com situações bem sensíveis com as vítimas e familiares”, ressalta Gislaine. Para ela, a atividade em um ambiente predominantemente masculino é encarada como uma oportunidade de mostrar força, competência e resiliência. Muito jogo de cintura é necessário, principalmente, quando o foco é atendimento direto com os usuários que trafegam todos os dias pelas rodovias. Bianca Oliveira é supervisora das operações na praça de pedágio, responsável por liderar e apoiar o grupo, em sua maioria, feminino. “Uma boa liderança exige equilíbrio, firmeza e empatia. Nas praças, atendemos os usuários atrasados, apressados. E nós, mulheres, que estamos na linha de frente, precisamos conduzir com sensibilidade situações de enfrentamento. As campanhas realizadas nas praças contra racismo e assédio são muito importantes nesses momentos”, afirma Bianca.

Liderança na infraestrutura rodoviária

A presença de mulheres, como Bianca, Cláudia, Gislaine, é cada vez maior no setor de infraestrutura rodoviária, transformando, aos poucos, mas de forma notável, um cenário marcado pelo machismo. A mudança de perfil dos profissionais é reflexo de um movimento sociocultural, que envolve o compromisso público das organizações. Formada em urbanismo e engenharia civil, Patrícia Almeida, gerente de projetos e faixa de domínio da Litoral Norte, se especializou em infraestrutura rodoviária e, há mais de 20 anos, se dedica ao setor com paixão: “A engenharia rodoviária nunca é chata. Percorremos diversas localidades, com acesso a diferentes culturas, conhecemos muitos territórios nesse trabalho”, afirma. Segundo ela, integrar a equipe da Monte Rodovias, comandada em sua maioria por mulheres – entre elas, a diretora de engenharia Patrícia Oliveira – é a certeza de que estão conquistando espaço no segmento. “Hoje, conseguimos alcançar o reconhecimento e o devido respeito quanto à nossa competência e dedicação. É fundamental que continuemos a acreditar em nossa capacidade, mantendo a autoconfiança e respeitando nossos próprios limites, na busca por posições mais elevadas. Compartilho um lema de vida: Sonhar sempre, lutar tanto quanto for preciso e desistir jamais”, destaca. É preciso fazer dessas presenças não uma exceção, mas um caminho para a efetiva saudação da excelência e do talento dessas profissionais em todos os espaços possíveis. Esse é, sem dúvida, um dos principais percursos que as empresas e toda a sociedade devem perseguir e empreender.

Foto: divulgação/Monte Rodovias