Sono da Beleza: o anti envelhecimento natural

15 de março de 2024
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Especialista alerta que dormir bem é bom para a pele e melhor ainda para a saúde

O sono é muito mais do que um simples descanso para o corpo e a mente. Pouca gente sabe que um sono reparador e de qualidade é um dos mais poderosos aliados na luta contra o envelhecimento. Enquanto muitos procuram soluções complexas e caras para combater os sinais do envelhecimento, a resposta pode estar bem diante de nossos olhos. Ou melhor: basta fechá-los na hora certa. “O sono é um fator crucial no antienvelhecimento. Podemos otimizá-lo para promover, não só uma aparência mais jovem mas, principalmente, para ter uma saúde geral aprimorada”, destaca o neurologista Italo Almeida. Levantamento da Associação Brasileira de Neurologia (ABN) mostrou que 60% da população brasileira dorme de 4 a 6 horas por noite, uma quantidade muito menor do que gostaria e do que deveria, uma vez que o recomendado para um adulto são de 7 a 9 horas de sono diárias. No ritmo acelerado da vida que vivemos, dormir parece mesmo um luxo, mas a privação de sono pode comprometer a beleza e a saúde. Algumas complicações frequentes vão de sintomas como dor de cabeça, irritabilidade, fadiga, dores crônicas, déficit de atenção, dificuldade de memória, ganho de peso e chegam a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. O diretor médico da NeuroIntegrada explica que, durante o sono, o corpo entra em um estado de regeneração e reparação. É durante esse período que as células danificadas são reparadas e os tecidos são reconstruídos. A produção de colágeno, por exemplo, que é uma proteína essencial para a elasticidade e firmeza da pele, é maximizada durante o sono profundo. “Além disso, o sistema imunológico é fortalecido, o que ajuda a combater inflamações e infecções que podem acelerar o processo de envelhecimento”, acrescenta Almeida.

O sono desempenha papel fundamental na redução do estresse oxidativo, um dos principais contribuintes para o envelhecimento prematuro causado pelo acúmulo de radicais livres no corpo. Durante o sono, o corpo produz antioxidantes poderosos que neutralizam os radicais livres e protegem as células dos danos. Portanto, uma boa noite de sono, não apenas rejuvenesce a aparência da pele, mas também protege a saúde contra doenças relacionadas à idade, como patologias cardíacas e neurodegenerativas. Outro benefício de dormir bem está relacionado à liberação de hormônios, como o GH (hormônio do crescimento) e a melatonina. Esses hormônios desempenham um papel crucial na reparação e renovação celular. “O GH, por exemplo, estimula o crescimento de novas células da pele e aumenta a densidade óssea, enquanto a melatonina possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que ajudam a combater os sinais do envelhecimento”, ressalta o especialista. Repouso de qualidade é fundamental para o bem-estar e também para a reposição de energia. O descanso é importante para a saúde e colabora no equilíbrio do organismo e no melhor funcionamento dele. Sem uma noite de sono adequada, vários aspectos podem ser prejudicados, como produtividade no trabalho e o humor.

Sinais de alerta

Sonolência diurna, ronco, cansaço excessivo, irritabilidade, transtornos de humor, obesidade e hipertensão arterial são alguns sinais de alerta de que é preciso dar atenção ao sono. “A Apneia do Sono é um transtorno comum, potencialmente grave, em que o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções na respiração enquanto dorme e pode levar a doenças graves, como por exemplo, um AVC”, alerta a enfermeira Ana Cristina Bacelar que recomenda o exame de Polissonografia para avaliar a qualidade do sono. Indicado para pessoas de todas as idades, um tipo mais simples do exame de Polissonografia pode ser feito, inclusive, a domicilio. O procedimento é simples e não invasivo. O paciente leva para casa um sensor e é orientado pela enfermeira a baixar em seu celular um aplicativo para fazer a conexão com o sensor que será colocado no dedo logo ao deitar. O exame detecta a atividade cerebral, o desempenho cardíaco, o relaxamento muscular do paciente e a oxigenação do sangue. “Precisamos de, no mínimo 4 horas de sono para adquirirmos dados suficientes para o laudo”, explica a especialista.